A revolução do Cálculo
Desde a antiguidade, o homem vem desenvolvendo instrumentos para auxiliar seus cálculos. O primeiro foi o ábaco, inventado na China no segundo milênio antes da era cristã. Mas foi somente no século XVII que surgiram as primeiras calculadoras mecânicas. Em 1642, o cientista e filósofo francês Blaise Pascal desenvolveu, aos 18 anos de idade, uma máquina de somar e subtrair constituída por determinado número de rodas dentadas que, ao se rodar dez dentes na coluna de unidades, avançava um dente na coluna de dezenas, e assim sucessivamente. Embora não tenha tido grande aceitação comercial, por ser muito lenta, a máquina de Pascal despertou o interesse científico. Nos anos seguintes foram feitos diversos projetos para aperfeiçoá-las. Em 1694, o matemático alemão Gottfried Von Leibniz contruía uma calculadora que podia executar quatro operações básicas, além de raiz quadrada. A máquina de Leibniz utilizava cilindros com diferentes comprimentos, tendo ajustadas por cima deles outras engrenagens menores.
Em 1822, matemático inglês Charles Babbage estabelecia os princípios do funcionamento dos computadores eletrônicos no projeto de sua máquina diferencial, capaz de fazer os cálculos necessários para elaborar uma tabela de logaritmos. E, em 1933, apresentou um outro projeto, a máquina analítica , que pode ser considerada a primeira máquina programável. Segundo o projeto, a máquina deveria dispor de uma memória capaz de armazenar mil números de 50 algarismos, utilizar funções auxiliares que constituíam sua própria biblioteca, comparar números e agir de acordo com o resultado da comparação; em suma, sua estrutura era muito parecida com a dos primeiros computadores eletrônicos.
Quase duzentos anos depois, em 1872, Charles Seaton, chefe do censo americano, desenvolveu uma tabuladora mecânica capaz de registrar, simultaneamente, somas horizontais e verticais. Devido à sua capacidade de processar, rapidamente, em seqüência, grande quantidade de dados, a tabuladora foi usada nas análises estatísticas do censo de 1880. Naquele tempo, o trabalho era todo feito à mão, um trabalho tão lento que, dez anos depois, quando chegava a hora de um novo recenseamento, ainda estava sendo tabulado. A máquina de Seaton fez a tarefa em oito anos.
Em 1884, o estatístico Herman Hollerith, ajudara a compilar as estatísticas demográficas de 1880, patenteava um sistema que codificava em uma fita de papel perfurado informações que mais tarde seriam lidas em uma máquina. O sistema foi aperfeiçoado, com a substituição da fita genérica por cartões individuais. Ele também criou uma classificadora de cartões que operava à velocidade aproximada de 300 cartões por minuto. As máquinas de Hollerith foram empregadas para tabular o censo de 1890. Ele levou dois anos para concluir a apuração. Em 1911, sua firma Tabulating Machine Company se associou a duas outras empresas para formar a Computing Tabulating Recording Company, que em 1924 viria alterar sua razão social para international Machines Corporation.
Por volta de 1905, estatístico, James Power, desenvolveu um novo equipamento de cartões perfurados, que foi comercializado por sua firma The Powers Accounting Machine Company. Em 1927, a empresa de Power se associava à Remington Rand Corporation e, mais tarde, tornou-se a divisão Univac – Universal Automatic Computer – da Remington Rand.Mas foi somente em 1945 que surgiu, na Universidade da Pennsilvânia, o primeiro computador eletrônico, o Eniac – Eletrical Numerical Integrator and Calculator. Com mais de 18 mil válvulas e pesando cerca de 30 toneladas, ele dispendia o equivalente a 200 quilowatts de calor. Sua manutenção era complicada, pois esquentava rapidamente e era obrigado a usar custosos sistemas de refrigeração. As válvulas começavam a queimar em dois minutos depois de o Eniac ser ligado, o que fez com que, em 1952, mais de 19 mil válvulas tivessem sido substituídas. Os outros problemas do Eniac eram a capacidade de memória e a confiabilidade. Em 1952, a Universidade da Pennsilvânia desenvolvia um segundo computador. Mais poderoso que o Eniac, ele usava apenas 3.500 válvula.
O primeiro computador fabricado comercialmente, a partir de 1951, foi o Univac I – usado no censo americano por 12 anos seguidos, quase 24 horas por dia. No ano seguinte, a IBM lançava seu primeiro computador, o IBM 701. Em 1958, com os IBM 1620 e 1401, surgia a seginda geração de computadores, que utilizavam transistores no lugar das válvulas. Mais rápido e exatos que as válvulas e sem gerar calor, permitiam uma considerável redução no tamanho dos equipamentos e aumento de sua confiabilidade e velocidade de cálculo. Além disso, enquanto na primeira geração os computadores só se dedicavam a uma tarefa de cada vez (se estivesse lendo os cartões perfurados, o resto dos componentes do sistema permanecia ocioso até o fim da leitura) a segunda geração oferecia a possibilidade de executar simultaneamente as operações de cálculo e de entrada de saída.
Desde a antiguidade, o homem vem desenvolvendo instrumentos para auxiliar seus cálculos. O primeiro foi o ábaco, inventado na China no segundo milênio antes da era cristã. Mas foi somente no século XVII que surgiram as primeiras calculadoras mecânicas. Em 1642, o cientista e filósofo francês Blaise Pascal desenvolveu, aos 18 anos de idade, uma máquina de somar e subtrair constituída por determinado número de rodas dentadas que, ao se rodar dez dentes na coluna de unidades, avançava um dente na coluna de dezenas, e assim sucessivamente. Embora não tenha tido grande aceitação comercial, por ser muito lenta, a máquina de Pascal despertou o interesse científico. Nos anos seguintes foram feitos diversos projetos para aperfeiçoá-las. Em 1694, o matemático alemão Gottfried Von Leibniz contruía uma calculadora que podia executar quatro operações básicas, além de raiz quadrada. A máquina de Leibniz utilizava cilindros com diferentes comprimentos, tendo ajustadas por cima deles outras engrenagens menores.
Em 1822, matemático inglês Charles Babbage estabelecia os princípios do funcionamento dos computadores eletrônicos no projeto de sua máquina diferencial, capaz de fazer os cálculos necessários para elaborar uma tabela de logaritmos. E, em 1933, apresentou um outro projeto, a máquina analítica , que pode ser considerada a primeira máquina programável. Segundo o projeto, a máquina deveria dispor de uma memória capaz de armazenar mil números de 50 algarismos, utilizar funções auxiliares que constituíam sua própria biblioteca, comparar números e agir de acordo com o resultado da comparação; em suma, sua estrutura era muito parecida com a dos primeiros computadores eletrônicos.
Quase duzentos anos depois, em 1872, Charles Seaton, chefe do censo americano, desenvolveu uma tabuladora mecânica capaz de registrar, simultaneamente, somas horizontais e verticais. Devido à sua capacidade de processar, rapidamente, em seqüência, grande quantidade de dados, a tabuladora foi usada nas análises estatísticas do censo de 1880. Naquele tempo, o trabalho era todo feito à mão, um trabalho tão lento que, dez anos depois, quando chegava a hora de um novo recenseamento, ainda estava sendo tabulado. A máquina de Seaton fez a tarefa em oito anos.
Em 1884, o estatístico Herman Hollerith, ajudara a compilar as estatísticas demográficas de 1880, patenteava um sistema que codificava em uma fita de papel perfurado informações que mais tarde seriam lidas em uma máquina. O sistema foi aperfeiçoado, com a substituição da fita genérica por cartões individuais. Ele também criou uma classificadora de cartões que operava à velocidade aproximada de 300 cartões por minuto. As máquinas de Hollerith foram empregadas para tabular o censo de 1890. Ele levou dois anos para concluir a apuração. Em 1911, sua firma Tabulating Machine Company se associou a duas outras empresas para formar a Computing Tabulating Recording Company, que em 1924 viria alterar sua razão social para international Machines Corporation.
Por volta de 1905, estatístico, James Power, desenvolveu um novo equipamento de cartões perfurados, que foi comercializado por sua firma The Powers Accounting Machine Company. Em 1927, a empresa de Power se associava à Remington Rand Corporation e, mais tarde, tornou-se a divisão Univac – Universal Automatic Computer – da Remington Rand.Mas foi somente em 1945 que surgiu, na Universidade da Pennsilvânia, o primeiro computador eletrônico, o Eniac – Eletrical Numerical Integrator and Calculator. Com mais de 18 mil válvulas e pesando cerca de 30 toneladas, ele dispendia o equivalente a 200 quilowatts de calor. Sua manutenção era complicada, pois esquentava rapidamente e era obrigado a usar custosos sistemas de refrigeração. As válvulas começavam a queimar em dois minutos depois de o Eniac ser ligado, o que fez com que, em 1952, mais de 19 mil válvulas tivessem sido substituídas. Os outros problemas do Eniac eram a capacidade de memória e a confiabilidade. Em 1952, a Universidade da Pennsilvânia desenvolvia um segundo computador. Mais poderoso que o Eniac, ele usava apenas 3.500 válvula.
O primeiro computador fabricado comercialmente, a partir de 1951, foi o Univac I – usado no censo americano por 12 anos seguidos, quase 24 horas por dia. No ano seguinte, a IBM lançava seu primeiro computador, o IBM 701. Em 1958, com os IBM 1620 e 1401, surgia a seginda geração de computadores, que utilizavam transistores no lugar das válvulas. Mais rápido e exatos que as válvulas e sem gerar calor, permitiam uma considerável redução no tamanho dos equipamentos e aumento de sua confiabilidade e velocidade de cálculo. Além disso, enquanto na primeira geração os computadores só se dedicavam a uma tarefa de cada vez (se estivesse lendo os cartões perfurados, o resto dos componentes do sistema permanecia ocioso até o fim da leitura) a segunda geração oferecia a possibilidade de executar simultaneamente as operações de cálculo e de entrada de saída.
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